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Cultura 5m2l71

Os portões da UFN já estão abertos para o vestibular de inverno 2025 2qxa

Ocorre hoje a seleção para os novos alunos da Universidade Franciscana e os portões já estão abertos.

O 17° Fórum de Comunicação está com as inscrições abertas 2s6552

Estão abertas as inscrições para o 17° Fórum de Comunicação da UFN, com o tema “Conexões em jogo, quando a comunicação encontra o esporte”

 Estamos perdendo o hábito da leitura no Brasil? 1g3r5z

A leitura é uma das principais ferramentas de desenvolvimento do pensamento crítico, da empatia e da criatividade.

Cardeal Robert Prevost toma posse como Papa Leão XIV 191ep

A posse oficial ocorre no domingo, dia 18, em uma missa com a presença de fiéis do mundo inteiro e líderes globais.

Quando a simplicidade cala o mundo 6v1aq

O mundo ficou mais barulhento sem a tua calma. E um pouco mais triste, agora que a cadeira do quintal está vazio, mas ainda há os leves de uma cadelinha ao seu lado. 

Movimento Legendários evidencia que homens nunca saem da ‘Adolescência’ 3r5zi

O grupo que mistura pregação religiosa e coaching promete transformar os homens em verdadeiros “governantes” da casa e cobram um preço exorbitante.

Papa Francisco morre aos 88 anos e encerra um dos pontificados mais longos do século 301p35

O Papa Francisco morreu em 21 de abril, um sábado, aos 88 anos, no Vaticano. Ele estava internado havia alguns dias em decorrência de complicações respiratórias, conforme os últimos boletins médicos divulgados pela Santa Sé. A

Entre o Espelho e o Algoritmo 5d4n1r

As redes sociais mudaram completamente a forma como lidamos com a moda.

Shopping Royal realiza desfile de moda 326u6r

Na noite da última terça-feira, 06, o Royal Plaza Shopping realizou o Royal Fashion Walk.

Documentário ‘Casa Darling’ é lançado em meio à programação pelos 100 anos da Art Déco em Santa Maria u2p2q

Produzido pelos cursos de Jornalismo e Arquitetura e Urbanismo, documentário “Casa Darling” ajuda a construir a memória da cidade.

As provas começam às 13h30. Imagem: Enzo Martin/Labfem

Ocorre hoje a seleção para os novos alunos da Universidade Franciscana e os portões já estão abertos. O vestibular para o curso de Medicina é composto por uma prova objetiva com 50 questões e uma redação, com duração total de 4 horas. Já para os outros cursos, será avaliada apenas a redação em que o aluno terá 2h para escrever. Candidatos com necessidades especiais terão uma hora a mais para realizar as provas.

O gabarito preliminar de Medicina sai hoje, às 18h30, e o definitivo em 11 de junho. Os resultados de todos os cursos serão divulgados presencialmente em 16 de junho, e às 16h publicado no site da UFN.

Julia Gewehr Borges de 22 anos, veio de Porto Alegre para fazer o vestibular de Medicina na UFN em Santa Maria. É a primeira vez que tenta vaga na universidade e conta que esta curiosa, embora já tenha feito outras provas para treinar. Ela vê na oportunidade algo positivo e acredita que o tema da redação possa envolver meio ambiente ou imigração.

Julia Borges veio de Porto Alegre prestar vestibular para Medicina. Imagem: Enzo Martins/Labfem

Maria Eduarda Gonçalves, 17 anos, de Santa Maria, está no terceiro ano do ensino médio e veio direto do trote da escola pintada de Megamente. Ela vai prestar vestibular para Farmácia e acredita estar preparada, pensa que o tema da Redação pode ser ligado aos influencers e aos bebês reborn.

Maria Eduarda Gonçalves vai prestar vestibular para Farmácia. Imagem: Enzo Martins/Labfem

Colaborou Maria Valenthine Feistauer

Foto: Divulgação

Ocorre semana que vem o Fórum de Comunicação, com o tema “Conexões em jogo, quando a comunicação encontra o esporte” que promete unir os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda através de palestras e oficinas.

O evento organizado pelo LINC ( Laboratório de Comunicação dos cursos de Jornalismo e Publicidade) será realizado nos dias 10 e 11 de junho, no Salão do Júri, no prédio 13, conjunto 3, da Universidade Franciscana. Neste ano, o foco é a relação entre a comunicação e o esporte, para demonstrar aos acadêmicos as oportunidades de atuação no mercado de trabalho.

Segundo a professora do curso de Jornalismo e coordenadora do LINC, Laura Fabricio, o Fórum é importante para os alunos entenderem o que é ser jornalista e os lugares que eles podem ocupar. Já para a professora de Publicidade e Propaganda, Pauline Neutzling, o evento é uma novidade que proporciona ouvir novas vozes, experiências e diferentes opiniões que irá agregar à formação acadêmica.

Os palestrantes deste ano têm atuação direta no universo esportivo, em áreas como marketing, produção de podcasts e videocasts, fotografia esportiva e entretenimento. Serão profissionais reconhecidos em suas respectivas áreas, com destaque em níveis local, estadual e nacional. Entre os convidados, haverá representantes de Minas Gerais, Santa Catarina e Portugal.

Para participar de todas as atividades do evento é preciso fazer inscrições, no valor de R$ 60 para o público externo e R$ 40 para interno. Cada inscrito terá direito a uma oficina gratuita, podendo se inscrever em oficinas extras pelo custo de R$ 25 cada. As inscrições devem ser realizadas pelo site Minha UFN, e os participantes receberão certificado no final do evento.

Colaboração: Maria Valenthine Feistauer



















Imagem: freepik

 Com o avanço das redes sociais e o consumo acelerado de vídeos curtos, fica a dúvida: ainda cultivamos o hábito da leitura? Cada vez mais distraídos por estímulos rápidos, parece que a leitura tem perdido espaço no cotidiano das pessoas, especialmente entre os mais jovens. A sensação é de que os livros foram deixados de lado, substituídos por telas que exigem pouca concentração e oferecem recompensas imediatas. Essa mudança de comportamento não acontece por acaso ela reflete transformações culturais, tecnológicas e sociais que impactam diretamente a forma como nos relacionamos com o conhecimento. Mas o que perdemos quando deixamos de ler?

 A substituição da leitura por conteúdos imediatistas pode gerar impactos significativos. A capacidade de concentração tende a diminuir, dificultando até mesmo tarefas simples do dia a dia, como ler um texto até o fim ou interpretar uma informação com profundidade. Além disso, a leitura é uma das principais ferramentas de desenvolvimento do pensamento crítico, da empatia e da criatividade. Quando deixamos de exercitar esses aspectos, corremos o risco de nos tornar menos reflexivos e mais influenciáveis.

A 6ª edição da “Retratos da Leitura no Brasil” em 2024 aponta que 53% dos entrevistados não leram nem mesmo parte de uma obra nos três meses anteriores à pesquisa. O número de não leitores verificado em 2024 representa um aumento de cinco pontos percentuais em relação ao de 2019, que era a edição mais recente da pesquisa. Os dados do ano ado são os que apresentam o maior número de “não-leitores” na série histórica do levantamento, que começou em 2007. 

 Além dos fatores culturais e tecnológicos, é impossível ignorar a influência das desigualdades socioeconômicas na formação do hábito da leitura. Em muitos lares brasileiros, faltam livros, bibliotecas íveis e até mesmo tempo livre para ler, já que grande parte da população precisa lidar com jornadas de trabalho longas e condições de vida precárias. A leitura, nesse contexto, acaba sendo vista como um luxo ou algo distante da realidade. A falta de políticas públicas que incentivem a leitura e democratizam o o ao livro, contribui para que a leitura permaneça restrita a uma parcela privilegiada da sociedade.

 A perda do hábito da leitura no Brasil não é apenas consequência das novas tecnologias ou da preferência por conteúdos rápidos, ela também reflete uma realidade marcada por desigualdades sociais, falhas no sistema educacional e ausência de políticas públicas voltadas para o incentivo à leitura. Quando deixamos de ler, perdemos não só o contato com histórias, mas também com a capacidade de pensar criticamente, refletir sobre o mundo e desenvolver empatia. Reverter esse cenário exige um esforço coletivo: da escola, da família, do governo e também de cada indivíduo. Em tempos de excesso de informação e escassez de atenção, ler pode ser um ato de resistência  e de reconexão com nós mesmos.

Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.

Papa Leão XIV em primeira aparição como Santo Padre. Imagem: @Vatican Media

No dia 8 de maio de 2025, o cardeal Robert Francis Prevost foi eleito como o novo líder da Igreja Católica, tornando-se o Papa. Ele escolheu o nome Leão XIV ao assumir o papado, sendo o primeiro agostiniano a chegar ao pontificado em séculos. A eleição aconteceu após dois dias de conclave na Capela Sistina.

O Frei Miguel Accadrolli, da Pastoral da Universidade Franciscana (UFN), conta que está com as expectativas altas em relação ao novo papado e considera que a escolha do nome Leão XIV conta muito sobre a questão social e religiosa do novo pontífice. Ele também acredita que será um Papa capaz de dialogar com o mundo contemporâneo e seus problemas.

Para a Reitora da UFN, Iraní Rupolo, o novo Pontífice possui uma visão ampla da Igreja no contexto global, com forte experiência pastoral e cultural, tendo vivido em diversos países, o que lhe proporciona conhecimento de diferentes línguas e culturas. A Reitora entende que a escolha do nome “Leão XIV” carrega um forte simbolismo, já que Leão XIII lidou com os impactos da Revolução Industrial. Da mesma maneira, o novo papa percebe que estamos inseridos na Era da Inteligência Artificial e defende que a Igreja deve se envolver com esse novo cenário de maneira ética, humana e aberta à inclusão.

Prevost tem 69 anos e nasceu em Chicago nos Estados Unidos da América, se tornando o primeiro papa norte-americano. Em 2014, foi bispo em Chiclayo, no Peru, e em 2023 foi nomeado pelo Papa Francisco cardeal e responsável pelo Dicastério para os Bispos e pela Comissão para a América Latina.

Leão XIV é conhecido por defender a justiça social, a inclusão dos migrantes e o cuidado com o meio ambiente. Em seu primeiro discurso como Papa, destacou a importância de promover o diálogo e dar continuidade ao legado do Papa Francisco.

Com a colaboração de Isadora Rodrigues.


Morre um homem que não tinha nada, mas carregava tudo. 

José Mujica ou apenas Pepe, como o mundo o conhecia, não deixou fortunas, palácios, nem herdeiros políticos ambiciosos. Deixou uma cadeira de madeira na varanda de sua chácara, um fusca azul envelhecido pelo tempo e um silêncio que grita nas esquinas do Uruguai (e da América Latina).

Não usava palavras difíceis, mas fazia a verdade parecer simples. Talvez por isso a sua morte doa tanto, porque nos lembra que é possível ser honesto em voz alta. E agora essa voz se calou. Pepe viveu com os pés no barro e o coração na utopia. Lutou, apanhou, foi preso, resistiu. E mesmo depois de tudo, não falou com rancor. Falou com esperança. Uma esperança que hoje parece sentar sozinha na cadeira vazia do quintal, à sombra da sequoia onde Manuela descansa. 

Imagem: divulgação

Manuela, sua cadelinha de três patas, atropelada por um trator que o próprio Mujica dirigia em um acidente que só aumentou o elo entre os dois.

A cachorrinha acompanhou o ex-presidente por mais de duas décadas, em atos oficiais, entrevistas, manhãs de trabalho na chácara e tardes de silêncio. Dormia ao lado da cama dele, sentia quando ele ia viajar e festejava sua volta com uma alegria que só os animais conhecem. Foi, nas palavras de Pepe, “a integrante mais fiel” do seu governo. E agora, segundo o próprio desejo do ex-presidente, será com ela que ele descansará, com suas cinzas espalhadas sob a mesma árvore onde ela foi enterrada. 

Mujica sabia há meses que o fim estava próximo. Em janeiro, anunciou que não seguiria com o tratamento contra o câncer que havia se espalhado pelo fígado. Pediu aos médicos que não o fizessem sofrer em vão. Pediu à vida apenas o tempo suficiente para se despedir da terra, das ideias, e talvez também da utopia. 

Sua morte, no dia 13 de maio de 2025, aos 89 anos, não é apenas o adeus de um ex-presidente. É o fim simbólico de uma era em que ainda se acreditava que política podia rimar com ética, que revolução podia calçar alpargatas, e que a coragem podia andar de mãos dadas com a ternura. 

Milhares foram às ruas de Montevidéu para se despedir. Não apenas de um líder, mas de um modo de estar no mundo, com menos vaidade, menos ruído, menos pressa. 

Imagem: Mariana Mendez/AFP

O que nos resta é continuar, talvez com menos romantismo, mas com mais urgência. Porque se Pepe ensinou algo, é que não há tempo a perder com ódio, consumo desgovernado ou ambição vazia. 

O mundo ficou mais barulhento sem a tua calma. 
E um pouco mais triste, agora que a cadeira do quintal está vazio, mas ainda há os leves de uma cadelinha ao seu lado. 

Hasta siempre, Pepe.

Foto: Divulgação/Legendários Brasil

Uma criança olha para a câmera e uma mãe ansiosa cuida dos seus filhos enquanto espera o marido voltar para casa. Um choro, um abraço apertado e a certeza de que o seu companheiro se tornou um novo homem. Esse é o cenário do vídeo que a influenciadora Viih Tube postou no seu Instagram e que suscitou a polêmica da vez, os Legendários. 

O grupo que mistura pregação religiosa e coaching promete transformar os homens em verdadeiros “governantes” da casa e cobram um preço exorbitante por esse encontro transformador. Esse movimento evidencia o quanto a ideia de masculinidade está atrapalhada nos dias atuais e como homens, em busca de tornarem-se mais viris, transformam tudo em performance.

A ideia, então, é evocar um ideal de homem supostamente estabelecido pela religião. Ele é forte, resistente, capaz de aguentar o peso de uma família inteira em seus braços e se reconecta com Deus e com a sua virilidade em cima de uma montanha. A metáfora aqui é clara, quanto mais alto, mais perto de Deus alguém está. Mas até isso é deturpado, e a subida para se aproximar do céu se torna uma trilha em que os homens fazem exercícios físicos enquanto ouvem pregações. 

É curioso pensar que, no mesmo momento, o movimento Legendários e a série “Adolescência” ocupam lugares de destaque nos principais portais de notícia e entretenimento. O personagem que protagoniza a série é um menino no início da adolescência que é suspeito de ass uma colega de classe. Pequeno, fraco e “esquisito” aos olhos dos outros alunos, ele teria a matado depois que ela o humilhou após uma tentativa de flerte. 

Para mim, a masculinidade performática que leva homens a pagarem 80 mil reais para se tornarem o “verdadeiro chefe da família”, é uma diferente expressão do mesmo ressentimento sublimado pelo menino da série. O ideal de homem que o menino persegue e o faz ser excluído, é o mesmo pelo qual homens se submetem ao Legendários. No final, essa ideia performática sempre leva a algum tipo de violência física ou emocional.

Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.

O papa Francisco. Foto: Filippo Monteforte/AFP

O Papa Francisco morreu em 21 de abril, um sábado, aos 88 anos, no Vaticano. Ele estava internado havia alguns dias em decorrência de complicações respiratórias, conforme os últimos boletins médicos divulgados pela Santa Sé. A morte marca o fim de um pontificado iniciado em 2013 e que ficou conhecido por tentativas de diálogo com temas contemporâneos.

Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica. Argentino, ex-arcebispo de Buenos Aires, foi escolhido após a renúncia de Bento XVI. Ao assumir o cargo, adotou um estilo mais simples e direto, o que o diferenciou dos papas anteriores. Durante os 12 anos de pontificado defendeu pautas sociais, fez visitas a periferias, falou sobre imigração, mudanças climáticas e desigualdade.

Mesmo com essa abordagem considerada mais ível, Francisco não promoveu mudanças significativas nas doutrinas centrais da Igreja. Internamente, enfrentou resistência de alas conservadoras e, ao mesmo tempo, foi criticado por setores que esperavam reformas mais profundas.

Ao longo de seu papado, deu declarações sobre política internacional, defendeu o acolhimento de refugiados e insistiu em alertas sobre o impacto ambiental das ações humanas. Também buscou aproximar a Igreja de fiéis afastados e tentou atualizar o tom institucional, sem romper com os pilares do catolicismo.

A morte de um papa é sempre tratada como um momento de transição institucional dentro da Igreja Católica, mas também expõe as distâncias entre a tradição religiosa e a realidade atual de muitas sociedades. Como jornalista, acompanho o processo como um fato histórico e político — com atenção ao peso simbólico, mas sem ilusões sobre o alcance que esse tipo de liderança ainda possui fora dos espaços religiosos.

Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.

Imagem gerada com recurso da IA. Foto: Freepik

Antigamente, quando era preciso escolher um corte de cabelo, as pessoas procuravam em revistas os modelos usados por atrizes e celebridades. Para saber como se vestir sem sair de moda, bastava folhear a revista até a parte dos desfiles e analisar cada look. Hoje em dia, as coisas ficaram mais modernas e práticas: basta um vídeo viralizar no TikTok ou uma foto ser postada no Instagram e pronto, está lançada uma nova tendência. Roupas, órios e até jeitos de se vestir se espalham rapidamente. Mas será que estamos realmente escolhendo nosso estilo ou apenas copiando o que vemos nas redes?

Isso é algo que vem de muito antes — a prática de buscar inspiração em revistas já reforçava a ideia de que “nada se cria, tudo se copia”. No entanto, as redes sociais mudaram completamente a forma como lidamos com a moda. De um lado, há pontos positivos: hoje, qualquer pessoa pode mostrar seu estilo, influenciar outras e até criar novas tendências. Isso dá mais visibilidade à diversidade e ajuda a romper padrões antigos.

Além disso, os números mostram o impacto dessa influência: segundo pesquisa do Sebrae de 2023, 73% dos brasileiros já realizou compras influenciados por conteúdos nas redes sociais. Isso revela como o ambiente digital se tornou um verdadeiro influenciador de consumo.

Por outro lado, essa liberdade esconde uma nova forma de pressão. Quando todo mundo segue o que está em alta e quem decide manter seu estilo próprio pode se sentir excluído. A vontade de agradar e “estar por dentro” acaba apagando o gosto pessoal.

Diante disso, é importante refletir: estamos escolhendo nossas roupas porque gostamos ou porque queremos aprovação? A moda é uma forma de expressão, não de comparação ou obrigação. Encontrar um estilo próprio, mesmo com tanta influência externa, pode ser um ato de liberdade. Usar o que gostamos e o que combina com a nossa personalidade é mais importante do que agradar o algoritmo.

No fim, a pergunta que fica é: você se veste para se sentir bem ou para ganhar curtidas?

Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.

Imagens: divulgação Royal

Na noite da última terça-feira, 06, o Royal Plaza Shopping realizou o Royal Fashion Walk, desfile de moda para apresentar as coleções de outono e inverno deste ano. O evento contou com 40 modelos percorrendo os três andares e representando 17 lojas do shopping.

Segundo a Social Media do Royal, Ana Cecília Montedo, a inspiração surgiu de um desfile realizado em Dubai, que ocorreu em frente a um shopping center. O objetivo era que lojas trouxessem os seus clientes para um coquetel e já proporcionar a oportunidade de assistir a um desfile de moda.

A proposta era que o evento fosse aberto ao público, para que as pessoas se sentissem parte da experiência. Além disso, a produção e organização foi feita por pessoas que moram ou tiveram alguma relação com Santa Maria, para mostrar que o ambiente faz parte da história da cidade.

O evento encerrou com a participação de 25 produções desenvolvidas por estudantes e professores do curso de Design de Moda da Universidade Franciscana. Um dos destaques da apresentação foi que os próprios estudantes desfilaram com suas peças na arela, assumindo não apenas o papel de designers, mas também de modelos.

Imagem: Divulgação Royal

Colaboração Maria Valenthine Feistauer

Documentário Casa Darling em exibição na semana de Art Déco. Imagem: Enzo Martins/LABFEM

Produzido pelos cursos de Jornalismo e Arquitetura e Urbanismo da Universidade Franciscana, o documentário “Casa Darling” foi lançado na última sexta-feira, 25, durante a semana da Art Déco em Santa Maria. O documentário conta a história da casa 176, onde viveu a família de Ana Prates e é resultado de uma produção conjunta do Laboratório de Produção Audiovisual – LabSeis, do curso de Jornalismo, com a disciplina de Ateliê de Projetos Integrados III, do curso de Arquitetura e Urbanismo, que elabora propostas de intervenção em prédios pré-existentes.

O lançamento foi realizado no Lab Criativo na Vila Belga. Antes da exibição do filme, o arquiteto e professor Luiz Gonzaga Binato de Almeida fez uma apresentação sobre Retrato e Memórias do estilo Art Déco. Na sua fala, o arquiteto contou histórias sobre artefatos antigos em Santa Maria que carregam esta arquitetura.

Arquiteto Luiz Gonzaga Binato palestrando sobre monumentos históricos de Santa Maria. Imagem: Enzo Martins/LABFEM

Casa Darling é um projeto dirigido por Petrius Dias, acadêmico de jornalismo, e Larissa Lima Schimdt arquiteta e urbanista formada pela UFN. Larissa conta que produzir esse documentário foi enriquecedor, pois possibilitou que existisse uma conexão com o patrimônio, tendo laços afetivos e históricos, além de ter a oportunidade de interação com profissionais da área. Gabriel Moreira de Souza, que está no 10° semestre de Arquitetura e Urbanismo e que também trabalhou no projeto, afirma que participar da produção foi muito relevante pra sua trajetória e salienta que um patrimônio não precisa ser tombado para ser valorizado.

O professor do curso de Arquitetura e Urbanismo, Francisco Queruz, considera que além da experiência para os alunos, o documentário é muito importante para os santa-marienses, pois o projeto contém informações inéditas sobre a edificação, de grande relevância histórica.

Exibição do documentário Casa Darling. Imagem: Enzo Martins/LABFEM

A professora de Jornalismo, Neli Mombelli, responsável pela orientação e montagem do filme, destaca que o valor do documentário para os cursos está em possibilitar o contato com a história de Santa Maria, assim como conhecer as pessoas que fizeram parte dela. Além disso, a produção faz parte da construção da memória da cidade.

Texto produzido com a colaboração de Isadora Rodrigues.